As doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores que se designam factores de risco. Alguns não podem ser modificados, como a hereditariedade, o sexo e a idade. Outros, pelo contrário, podem ser modificados com medidas de estilo de vida e medicamentos.
Os principais fatores de risco cardiovascular, sobre os quais pode agir a prevenção, são os seguintes:
A inactividade física é um dos maiores factores de risco no desenvolvimento de doenças cardíacas. Neste contexto, Portugal faz parte dos países com menores índices de actividade física da Europa, tornando a população portuguesa muito exposta aos riscos das doenças cardiovasculares.
A prática de actividade física diminui o risco cardiovascular, para além de manter a saúde e o bem-estar geral – físico e psíquico.
Muito importante do ponto de vista da prevenção das doenças cardiovasculares é praticar uma actividade física diária e regular de, pelo menos, 30 minutos, que pode ser distribuída em 3 períodos de 10 minutos ao longo do dia. Exemplos disso são subir escadas, caminhar, nadar ou andar de bicicleta. A actividade física aconselhada implica movimento, força ou manutenção da postura corporal que se traduza num consumo de oxigénio.
Pode-se praticar uma actividade física, sem se praticar desporto. Com um conjunto de medidas simples é possível aplicar, no seu dia-a-dia, exercício físico para manter o corpo a funcionar de forma saudável.
1. Introduza movimento nas suas actividades de vida diária
Procure situações com um mínimo de 10 minutos, procurando atingir um total mínimo de 30 minutos por dia:
2. Escolha uma actividade física que lhe agrade e que possa praticar
As mais prolongadas e moderadas são as ideais. Natação, corrida, ciclismo, caminhadas, dança de salão são algumas das actividades para colocar a máquina cardíaca em acção.
Pratique, pelo menos, três vezes por semana. Com companhia o exercício sabe ainda melhor – convide um familiar ou amigo para se juntar a si. Conforme a actividade pode ser aconselhável o aquecimento de cinco minutos e um arrefecimento de cinco minutos.
3. Aumente gradualmente (ao longo de meses) a intensidade do exercício.
Com a regularidade do exercício, o seu corpo vai tendo mais capacidade para o esforço e revigora-se cada vez melhor. Um coração bem condicionado consegue realizar o mesmo trabalho pulsando 36 000 vezes menos por dia que o coração de um indivíduo não treinado.
4. A actividade física deve ser adequada à sua condição de saúde.
Muitas vezes, até ajuda na recuperação de muitas doenças, tais como diabetes, excesso de peso, hipertensão arterial, osteoporose ou asma, mas deve ser adaptada a cada caso.
Também a idade é um factor a ter em conta. Em idades mais jovens, o exercício pode ter um carácter competitivo, já em pessoas com mais de 35 anos a actividade física deve assumir uma forma de lazer.
5. É desejável que a actividade física se inicie na infância.
No crescimento das crianças o corpo e a saúde beneficiam muito do exercício. Para além disso, ajudam à concentração, aumentam o apetite e motivam a sociabilidade. Mas, de qualquer modo, vai sempre a tempo para começar.
6. Antes de iniciar um programa de exercício deve realizar um exame médico prévio, em particular nos seguintes casos:
A actividade física deve ser programada em termos de:
A pirâmide da actividade física ajuda a compreender quais são os diversos tipos de exercício e em que quantidades são desejáveis para manter a saúde e o bem-estar.
Na base da pirâmide ilustram-se as actividades físicas menos intensas que devem ser praticadas diariamente para surtirem efeito em termos de prevenção.
À medida que se sobe na pirâmide aumenta a intensidade das actividades física, mas decresce a necessidade da frequência semanal.
A prática de actividade física tem como benefícios:
Meça o pulso após o exercício, porque a frequência do pulso é um bom guia:
A circulação do sangue, que tem por destino chegar a todos os tecidos e células do organismo, implica que haja alguma pressão sobre as paredes das artérias. Esta pressão, que é normal e até essencial para que o sangue atinja o seu destino, é a chamada “tensão arterial”.
Existem, no entanto, uma série de factores — de ordem genética ou ambiental — que podem fazer com que esta pressão sobre as paredes das artérias aumente em excesso. Estamos, então, perante um cenário de hipertensão.
Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Todavia, deste número, apenas:
Exactamente por existir uma percentagem tão elevada de doentes cuja hipertensão não é controlada ou corrigida, é que a HTA é um dos principais factores de risco no aparecimento de doenças cardiovasculares.
Imagine que as suas artérias são como mangueiras: em estado saudável, o sangue flúi com facilidade pelo seu interior, não encontrando qualquer obstáculo ao longo do trajecto que percorre até às células.
No entanto, se nestas “mangueiras” o sangue se encontra sobre pressão, o coração tem de esforçar-se mais para fazer circular o sangue. Nestes casos, o esforço pode levar a que a massa muscular do coração aumente, fazendo com que o volume do coração se torne maior — a chamada hipertrofia.
Numa primeira fase, o aumento muscular cardíaco não representa qualquer problema. Contudo, com o passar do tempo, esta hipertrofia pode levar a insuficiência cardíaca, angina de peito ou arritmia.
1. Meça a pressão arterial regularmente
Uma vez que a hipertensão arterial geralmente não tem sintomas, controle os níveis da pressão arterial com regularidade.
2. Pratique actividade física, mas evite esforços excessivos
A prática de uma actividade física regular consegue, em muitos casos, uma descida significativa dos níveis da tensão. Escolha exercícios que compreendam movimentos cíclicos (como a natação, a marcha, a corrida ou a dança) e evite esforços físicos bruscos (por exemplo, levantar pesos ou empurrar objectos pesados) que aumentam a pressão arterial durante o esforço.
3. Coma de forma saudável e evite o sal
Deixe de utilizar sal de mesa (se ainda o faz) e substitua-o por condimentos alternativos, como ervas aromáticas ou sumo de limão. Evite também todos os alimentos naturalmente salgados ou aos quais tenha sido adicionado sal durante a sua preparação: caso dos enchidos, enlatados, comidas pré-preparadas, aperitivos ou águas minerais com gás. Evite as bebidas alcoólicas e, se tem excesso de peso, procure reduzi-lo através de uma dieta moderada.
A pressão arterial é quantificada através de dois números.
A pressão arterial ideal deve ser inferior a 120/80. Acima destes valores acresce o risco de doença coronária ou acidente vascular cerebral.
Classificação da pressão arterial
Máxima | Mínima | |
Até 120 | Até 80 | Normal |
120-139 | 80-89 | Pré-hipertensão |
140-159 | 90-99 | Hipertensão arterial estádio 1 |
>160 | >100 | Hipertensão arterial estádio 2 |
1.ª medida: Tratamento sem fármacos
Está provado que mudar alguns hábitos de vida é muitas vezes suficiente para baixar os níveis da pressão arterial. Isso passa por:
2.ª medida: Tratamento com fármacos
Quando o tratamento sem fármacos não é suficiente, deve então recorrer-se aos fármacos. Estes devem ser prescritos pelo médico, segundo as características de cada paciente.
Mantenha-se atento aos sinais:
1. Hipertrofia do coração (aumento do volume)
↓
Diminuição do fluxo sanguíneo ao coração
↓
Angina de peito e Insuficiência coronária
↓
O coração tem difculdade em bombear sangue a todos os tecidos do organismo
↓
O coração torna-se mais frágil, surgem arritmias e insuficiência cardíaca
2. Deterioração das paredes das artérias
↓
Aumenta o risco de aterosclerose e trombose (formação de coágulos)
↓
Nos casos mais graves, podem dar-se aneurismas e hemorragias cerebrais, devido ao enfraquecimento das paredes das artérias.
Segundo a OMS, o consumo de tabaco, na Europa, é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, número que tende a ascender aos dois milhões. Em Portugal, o consumo de tabaco atinge cerca de 20 a 26% da população, com predomínio de três homens e meio para cada mulher.
O tabagismo causa um grande prejuízo à saúde pública, já que é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida. Tem ainda a agravante de ser um factor de risco não apenas para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo.
Os fumadores têm, em média, menos dez anos de vida do que os não fumadores, pois as substâncias do fumo do tabaco afectam alguns órgãos importantes, ao mesmo tempo que tornam o organismo mais frágil em relação a uma série de doenças.
O tabaco é responsável por:
As doenças cardiovasculares são 2 a 4 vezes mais frequentes nos fumadores.
Deixar de fumar é, pois a medida preventiva mais eficaz para diminuir os riscos de enfarte do miocárdio, angina de peito, doença arterial periférica e acidente vascular cerebral.
Um cigarro contém cerca de 4.000 substâncias com efeitos tóxicos e irritantes, 70 das quais mencionadas como cancerígenos.
Alguns exemplos:
Após 20 minutos
Após 8 horas
Após 48 horas
Após 72 horas
Após 2-12 semanas
Após 6-9 meses
Após 5 anos
Após 10 anos
Após 15 anos
Stress significa “tensão” e dele fazem parte todas as perturbações físicas e psicológicas que prejudicam ou entravam a nossa tranquilidade.
O stress é parte integrante da vida e não representa algo negativo em si mesmo: a ansiedade que provoca pode até ser saudável, já que impele muitas situações a avançarem e a resolverem-se. Desde, obviamente, que não exceda certos limites. A dificuldade reside aí mesmo. É que, ao contrário da diabetes, da tensão arterial ou do colesterol, o stress é difícil de medir e avaliar e, como tal, é mais complicado estabelecer relações entre o seu grau de existência e o aparecimento de doenças cardiovasculares.
No entanto sabe-se que, apesar de não ser a causa principal de problemas cardíacos, o stress pode contribuir para os despoletar ou agravar, uma vez que, entre outras consequências, faz subir a pressão arterial, dificulta a cicatrização, torna-nos mais vulneráveis a ataques patogénicos exteriores.
É, pois fundamental que aprenda a relaxar-se e a levar uma vida, dentro do possível, tranquila.
1. Identifique a origem do seu stress
O primeiro passo para controlar o stress é identificar as situações ou pessoas que o desencadeiam. Basta estar atento aos sinais exteriores e relacioná-los com o que está a acontecer no momento em que se manifestam.
2. Partilhe com as pessoas próximas aquilo que sente
Aprenda a não guardar tudo para si. As tensões e emoções demasiado controladas provocam danos físicos e mal-estar psicológico. Está provado que “desabafar” e exteriorizar o que se sente, contribui para uma melhor saúde.
3. Aprenda a dizer não
Sempre que possível, não vá “contra a sua natureza”. Dentro do possível, não se sobrecarregue com obrigações ou responsabilidades excessivas: se o confrontam com um pedido exagerado (em termos de tempo ou exigência), recuse-se a cumpri-lo. Lembre-se que ninguém o respeitará, se não souber respeitar-se.
4. Cuide de si: alimente-se de forma saudável e pratique exercício
Uma dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibra e vitaminas ajuda o corpo a proteger-se. Evite excesso de gorduras, açúcar e também café, álcool e tabaco.
A actividade física, quando praticada com regularidade, aumenta a sensação de bem-estar (devido à produção de endorfinas). Consulte o seu médico, para averiguar qual a actividade mais apropriada para si: ioga, jogging, marcha, relaxação muscular, etc.
5. Opte por uma postura optimista
Nem sempre é fácil, mas procure contrariar as tendências negativas: tenha pensamento positivo perante as situações, seja mais confiante e flexível. Tudo isto contribui para aumentar as suas resistências.
6. Aprenda a gerir o seu tempo
Procure intercalar trabalho, família, lazer e descanso. Procure ser o condutor do seu tempo e não o contrário. Estabeleça prioridades e objectivos.
7. Aprenda a relaxar-se: pratique todos os dias
Uma vez que é impossível prever ou evitar algumas das situações que nos causam ansiedade, o melhor é escolher uma boa estratégia para as enfrentar. Aprenda a relaxar progressivamente os músculos e a mente: ao fazê-lo, a frequência cardíaca e a pressão arterial diminuem imediatamente.
1.ª Fase — O cérebro dá o alarme
As regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. O hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas (como adrenalina, cortisol ou aldosterona) que fazem reagir o nosso organismo ao “perigo” que se aproxima.
2.ª Fase — O corpo resiste
Após a fase de alarme, o corpo adaptou-se às circunstâncias e recuperou o seu estado normal. Dependendo da resistência de cada pessoa, esta fase pode ter uma duração mais ou menos longa, até que o corpo alcance a fase seguinte.
3.ª Fase — Fase extenuante
Quando o stress atinge este patamar, é sinal de que o seu grau é bastante severo. O risco de adoecermos, aumenta, assim como a propensão para acidentes cardiovasculares.
Em Portugal, quase metade da população apresenta excesso de peso e perto de um milhão de adultos sofre de obesidade.
Estes números preocupantes estão, entre outras causas, ligados a hábitos de vida mais sedentários e à transformação dos hábitos alimentares, ocorrida ao longo das últimas décadas, que tem favorecido o consumo de cereais refinados, açúcares e gorduras saturadas, em detrimento da tradicional alimentação mediterrânica, rica em cereais integrais, peixe, vegetais, fruta e azeite.
Considerada, entretanto, pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia, a obesidade afecta a longevidade e a qualidade de vida. Por favorecerem doenças como a diabetes mellitus tipo II, a hipertensão arterial ou a dislipidemia, o excesso de peso e a obesidade levam a um importante aumento do risco cardiovascular. Estima-se, por exemplo, que a hipertensão seja 2,5 vezes mais frequente nos indivíduos obesos que em pessoas com peso normal.
A obesidade ocorre quando o número de calorias ingerido é superior ao gasto: quando tal sucede, as calorias são armazenadas no organismo sob a forma de massa gorda, podendo vir a afectar toda a saúde.
A regra essencial é manter o gasto calórico do corpo igual ou superior à quantidade de calorias ingeridas.
1. Siga as proporções recomendadas pela Roda dos Alimentos
Pratique uma dieta equilibrada e variada, rica em legumes, cereais integrais, fruta e peixe. Reduza os alimentos com açúcar e as gorduras saturadas, presentes sobretudo nas gorduras processadas industrialmente (hidrogenadas), carnes vermelhas, manteiga, e lacticínios gordos.
2. Aprenda a conhecer os alimentos e os nutrimentos
Quando ingere um alimento, procure saber que tipo de nutrientes está a fornecer ao seu organismo. Não precisa de transformar-se num “conta-calorias”, mas é importante ter a noção de que certos alimentos são mais calóricos do que outros.
Aprenda sobretudo a detectar as calorias escondidas nos alimentos pré-cozinhados ou processados industrialmente(muitas vezes sob a forma de gorduras invisíveis).
3. Coma cada 3 a 4 horas
Comendo várias vezes ao dia não tem demasiada fome quando chega à refeição seguinte. Coma porções suficientes para se sentir saciado. Use o seguinte truque: comece as refeições principais com uma sopa de legumes, sem batata. Para além de conter água, muitas vitaminas e sais minerais, ajuda a saciar a sensação de fome. Isto evita a ansiedade que certas dietas de emagrecimento podem causar.
4. Mantenha uma actividade física regular
Escolha uma actividade que lhe dê
prazer e inclua-a na sua rotina, de preferência diária. A regularidade é importante. Sempre que possível, ande a pé nas suas deslocações e privilegie o contacto com a natureza com pequenos passeios ou caminhadas ao ar livre.
5. Emagrecer e manter um peso saudável
Muitas pessoas conseguem perder peso em tempo recorde. No entanto, o mais comum é que estas “dietas relâmpago” resultem, pouco tempo depois, no inverso: a recuperação do peso, acompanhada, frequentemente, de um aumento superior ao peso original.
Se tem excesso de peso, procure ser acompanhado por um médico ou nutricionista e estabeleça metas razoáveis para a sua dieta .Tão importante como emagrecer é manter um peso saudável ao longo do tempo.
O índice de massa corporal (IMC) permite classificar o grau de obesidade de uma pessoa. Calcula-se dividindo o peso (em Kg) pela altura elevada ao quadrado (em metros).
Segundo a OMS, o excesso de peso corresponde a um IMC entre 25 e 30 e a obesidade surge quando o IMC é igual ou superior a 30.
IMC = Peso (Kg)
Altura 2 (m)
Classificação | IMC (Kg/m2) |
Baixo peso | < 18.5 |
Variação normal | 18.5 – 24.9 |
Pré-obesidade | 25.0 – 29.9 |
Obesidade Classe I | 30.0 – 34.9 |
Obesidade Classe II | 35.0 – 39.9 |
Obesidade Classe III | ≥ 40.0 |
Obesidade infantil
As estatísticas mostram que, a nível nacional, 31,5% das crianças entre os 9 e os 16 anos são obesas ou sofrem de excesso de peso. A alimentação incorrecta e a escassa prática de actividade física são a base desta situação, favorecendo na população infantil uma predisposição para um conjunto de doenças, como a diabetes e as alterações do foro cardiovascular, em idade adulta.
Se não se contrariar esta tendência, a esperança média de vida destas crianças vai ser mais curta do que aquela que a geração dos pais tem neste momento.
Tipos de Obesidade
Do ponto de vista da distribuição da gordura, a obesidade pode ser:
A Diabetes é uma doença em que existe excesso de um açúcar – a glucose – no sangue.
A glucose é uma molécula que provém da transformação dos hidratos de carbono pelo nosso organismo e que é indispensável ao metabolismo das células do nosso corpo como fonte de energia.
A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas, responsável por ajudar a glucose (a forma mais primária da energia dos alimentos) a passar do sangue para o interior das células
A diabetes ocorre quando o pâncreas não é capaz de produzir esta hormona em quantidade suficiente, e/ou quando a insulina não actua de modo eficaz.
Quando a insulina não actua, o organismo entra em hiperglicemia, ou seja, a glucose acumula-se no sangue, deteriorando progressivamente os vasos sanguíneos. Por esta razão, as doenças cardiovasculares como a angina de peito, o enfarte agudo do miocárdio e a morte cardíaca súbita são mais frequentes em doentes diabéticos (sobretudo na diabetes tipo II), do que na população em geral. É, por isso, essencial controlar de perto outros factores de risco — como tabaco, hipertensão ou colesterol— de forma a prevenir o “efeito multiplicativo” dos diversos factores de risco sobre as artérias das pessoas com diabetes.
Diabetes Tipo 1:
Tratamento:
Diabetes Tipo 2:
Tratamento:
A diabetes é detectada em testes da glicemia (níveis de glicose no sangue) e confirma-se quando:
Glicemia ≥ 110 mg/dl e ≤ 126 mg/dl: trata-se de uma glicemia em jejum alterada mas que ainda não se classifica de diabetes.
Dislipidemia é um termo usado para designar todas as anomalias quantitativas ou qualitativas dos lípidos (gorduras) no sangue.
As dislipidemias podem ser de vários tipos:
A dislipidemia é um dos mais importantes factores de risco da aterosclerose, a principal causa de morte dos países desenvolvidos, incluindo Portugal. Qualquer tipo de dislipidemia representa, pois, um importante factor de risco cardiovascular, uma vez que a gordura acumulada nas paredes das artérias pode levar à obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro.
O tratamento das dislipidemias passa por uma mudança de estilo de vida, ao nível da alimentação e do exercício.
São estas as principais recomendações:
Colesterol
Colesterol LDL
Colesterol HDL
Triglicéridos
Aterosclerose
Valores recomendados | |
Colesterol Total | ‹ 190 mg/dl |
Colesterol LDL | ‹ 115 mg/dl |
Colesterol HDL | › 40 mg/dl no homem › 45 mg/dl na mulher |
Triglicéridos | ‹ 150 mg/dl |
O rastreio e o diagnóstico médico são fundamentais para avaliar o risco que se corre de vir a ter uma doença cardiovascular. Quanto mais precoce é o diagnóstico, maiores são as possibilidades de impedir o aparecimento ou o agravamento de doença cardiovascular. Uma particularidade dos fatores de risco é que, pior do que se adicionarem, eles potenciam-se, ou seja, agravam-se mutuamente.